O mercado negro nas redes sociais
Já falamos em outras publicações que é preciso tomar alguns cuidados nas redes sociais, levando em conta que muitos influenciadores, blogueiros e até empresas compram seguidores e likes. Então é preciso investigar antes de contratar um serviço de divulgação.
Nas últimas semanas tornou-se quase que viral as notícias sobre o fake Eduardo Martins. Ele mantinha um perfil no instagram e se dizia fotografo da ONU. Ele enganou até canais de notícias. Como a BBC Brasil:
Em 7 de julho de 2017, a BBC Brasil publicou um texto apresentando fotos e vídeos que seriam de autoria de um brasileiro que se apresentava para seus mais de 100 mil seguidores no Instagram como Eduardo Martins, fotógrafo da ONU. Após a publicação do conteúdo, surgiram suspeitas não apenas sobre a autoria das imagens enviadas como também sobre a verdadeira identidade de Martins. A BBC Brasil começou a investigar o caso há um mês e, pouco a pouco, os elementos de uma história construída por dois anos começaram a ruir. Diante das suspeitas e do risco de violação de direitos autorais, o conteúdo original foi retirado do ar. Pedimos desculpas a nossos leitores pelo engano. O caso servirá para reforçar nossos procedimentos de verificação.
A história era muito bem construída para encantar a todos: “um fotógrafo brasileiro, jovem, loiro e bonito, que havia superado abusos na infância e uma leucemia no início da vida adulta e se lançara às principais zonas de guerra do mundo, entre elas Iraque e Síria, para registrar o sofrimento humano.” Entre fotos da guerra, Eduardo também postava fotos de viagens pela Austrália e seu suposto hobby, o surf.
Assim o encantador fotógrafo postava imagens com alma. O problema é que nenhuma das fotos postadas eram dele, muitas fotos era copiadas de outros fotógrafos invertidas, retocadas e postadas como se fossem em outra localização.
Foi muito fácil pra ele criar toda uma história, Eduardo Martins teve até namoradas virtuais, que sem querer, se envolveram e ajudaram a divulga-lo, elas nunca tiveram contato pessoal com ele. Após descoberto a farsa ele excluiu sua conta no instagram e whatsapp, provavelmente para não ser encontrado, já que as investigações estavam se aproximando de descobrir quem estava por trás do fake.
Existem também agências especializadas em criar “fake News”, noticias falsas, tudo para conseguir visualizações no site e conseguir dinheiro de publicidade. Ou até mesmo são contratados para criar notícias falsas sobre pessoas públicas, etc.
E quantas vezes encontramos perfis com um numero enorme de seguidores, mas quando vamos ver as publicações tem 100 curtidas, não tem como um perfil ter 17K e ter somente 200-300 curtidas nas publicações e poucos comentários. Se você for contratar um influencer ou blogueira para divulgar seus produtos, desconfie do grande número de seguidores e pouco envolvimento. Tem algumas empresas que também compram seguidores e curtidas nas páginas, não se deslumbre com estes números.
Você só vai ter resultados com seguidores reais. Não compre likes, crie conteúdo de qualidade e alcance clientes e admiradores de verdade.